Por Eduardo Miranda
O aumento de casos de Covid-19 em Campo Grande levou o Ministério Público a reforçar pedido de urgência para que a prefeitura da Capital e o Consórcio Guaicurus reforcem a fiscalização para o cumprimento do decreto e também criem um plano de biossegurança para o setor, um dos que mais oferece riscos de disseminação da doença.
Desde que a ação foi proposta, prefeitura e consórcio se manifestaram. O município informou o conteúdo dos decretos e o Consórcio alegou dificuldades financeiras e contestou as situações flagrantes de ônibus lotados.
“Os requeridos não trouxeram qualquer situação nova, senão as mesmas já combatidas na inicial, demonstrando que não serão adotadas medidas de biossegurança específicas no transporte coletivo para enfrentamento da pandemia, caso não seja determinada liminarmente pelo Poder Judiciário”, alegam os promotores de Justiça Filomena Fluminhan e Fabrício Proença Azambuja.
Quando a ação foi proposta, Campo Grande tinha 140 casos da Covid-19 (dados de 4 de maio). O boletim de ontem já indica que são 249 confirmações.
Depois da ação do Ministério Público, que cobra a instalação de pias com água e sabão nos terminais (além da limpeza dos banheiros) e o cumprimento do decreto que impede mais de 7 pessoas em pé nos ônibus (todas com máscaras), a prefeitura tentou instalar túneis de desinfecção nos locais, mas desistiu da ideia depois de verificar que a medida não tem a eficácia esperada.
O consórcio por sua vez apresentou várias peças publicitárias educativas sobre como prevenir o contágio. E também informou que pretende instalar um sistema com avisos sonoros nos terminais.