Assessoria
O prefeito Marquinhos Trad pontua que além da exigência do uso de máscaras no transporte coletivo, a medida já adotada na maioria dos grandes centros urbanos limita o número de passageiros que poderão viajar em pé.
“Nós estamos fazendo a nossa parte que é orientar e criar medidas de segurança. Pedimos a colaboração de todos para seguirem as regras. Lembrando sempre: saiam de casa apenas se necessário, se puderem fiquem em casa e nos ajudem nesta luta”, diz.
Começou nesta segunda-feira (4) a obrigatoriedade do uso de máscaras para os usuários do transporte coletivo na Capital. A medida, prevista em decreto assinado pelo prefeito Marquinhos Trad na quinta-feira (30), é uma recomendação das autoridades em saúde, como medida preventiva à transmissão do coronavírus. A máscara poderá ser descartável, reutilizável ou de fabricação caseira.
Para incentivar as pessoas a respeitarem a nova legislação e orientar quanto à mesma, a Prefeitura de Campo Grande está fazendo uma ação educativa nos terminais de ônibus. A campanha que consiste em orientação e distribuição de máscaras começou nos terminais Guaicurus, Bandeirantes e Júlio de Castilho.
Na terça-feira (3) será a vez dos terminais General Osório e Moreninhas e do Ponto de Integração Hércules Maymone. Já na quarta-feira (6), a ação acontece nos terminais Aero Rancho, Nova Bahia e Morenão.
O prefeito Marquinhos Trad pontua que além da exigência do uso de máscaras no transporte coletivo, a medida já adotada na maioria dos grandes centros urbanos limita o número de passageiros que poderão viajar em pé.
“Nós estamos fazendo a nossa parte que é orientar e criar medidas de segurança. Pedimos a colaboração de todos para seguirem as regras. Lembrando sempre: saiam de casa apenas se necessário, se puderem fiquem em casa e nos ajudem nesta luta”, diz.
Nos veículos classificados como Micro, fica permitido o translado de no máximo 3 pessoas em pé. Naqueles considerados leves ou médios, máximo de 5 passageiros. Nos veículos classificados como alongados (os populares sanfonados), fica permitido o transporte de no até 7 usuários em pé.
Nos ônibus do tipo executivo, os “fresquinhos”, o transporte de pessoas em pé está proibido. Já nos carros dotados de climatizadores ou ar-condicionado, que circulam de janelas fechadas, os equipamentos deverão estar no modo renovável.
Usuária no terminal Guaicurus, Jaísa Santos aprova a medida. “Fundamental como prevenção e ajudar esse vírus a não se alastrar, quanto antes voltarmos ao normal melhor, porque está difícil viver essa situação”, afirma.
Também usuária do mesmo terminal, Aline Cristina de Oliveira estava com o filho que é PCD indo para suas atividades. “Essa ação é muito importante pra gente poder sair e se proteger contra o coronavírus”, diz.
Diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Janine Bruno, frisa que o uso de máscara já comprovou ser um dos métodos mais eficazes no combate à Covid-19. “Vemos aqui que a maioria das pessoas já estão vindo com suas máscaras e quem está sem nós estamos entregando. A distribuição vai acontecer até quarta-feira (6) para conscientizar sobre esse a importância do uso, sem a máscara não pode embarcar para a segurança de todos nós”, afirma.
No Terminal Bandeirantes, a empregada doméstica Fátima Aparecida de Souza diz que o prefeitura acertou com a medida, já que apesar dela fazer uso da máscara desde o início da pandemia, não se sentia segura por outros não usarem. “Não adianta esperar a consciência das pessoas. Muitas não têm. Eu usava a máscara, mas a maioria pegava ônibus sem e colocava a gente em risco. Se não obrigar, as pessoas não usam mesmo. Aprovo 100% essa medida”, defende a usuária do transporte coletivo, que faz parte do grupo de risco.
O soldador José Marcos, 44 anos, que desembarcou no Terminal Bandeirantes vindo do Bairro Rouxinóis, concorda com Fátima sobre a obrigatoriedade do uso das máscaras. “A gente sabe que o risco é grande ainda e o que se fala é que haverá um pico maior. Essa medida é muito necessária e urgente para que possamos manter baixo o número de contaminados aqui na cidade. Eu apoio todas as medidas que a prefeitura adotou desde o início do coronavírus. Agora estou me sentindo mais seguro para ir trabalhar”, frisa.
O descumprimento das medidas pode acarretar responsabilização civil, administrativa e penal. A fiscalização caberá à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). O infrator pode ser enquadrado em crimes contra a saúde pública e contra a administração pública, como causar epidemia ou infringir medida sanitária preventiva, e de desobediência. As penas vão de multa à cadeia.
O secretário Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Luis Eduardo Costa conta que as equipes fiscalização estão nos três terminais de Campo Grande.
“Já dá para perceber que a população atendeu ao pedido e está utilizando máscaras. Esta é uma campanha de conscientização que a prefeitura está fazendo para as pessoas que usam o transporte coletivo para ir ao trabalho. Quem tiver com máscaras avise a outra pessoa. Estamos em um momento diferente de convivência e o uso da máscara deverá ser prática por um bom tempo em Campo Grande. Temos que ter esta mudança comportamental”, frisa Luiz Eduardo.
Dona Maria Marques moradora do Parque Industrial do Indubrasil passou pelo terminal Júlio de Castilho e recebeu a máscara de proteção à Covid-19. “Este é um trabalho muito importante da prefeitura, talvez não é que a pessoa não tenha condições, mas ela não se importa em comprar a máscara. É um excelente trabalho que o município está fazendo”, comenta.
Prevenção
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explica que além do distanciamento social e as medidas de higienização, o uso de máscaras pela população é mais uma ferramenta para impedir o contágio do novo coronavírus.
“Desta forma é possível reduzir a probabilidade de transmissão do vírus por uma pessoa infectada para outra que não esteja com Covid-19, se ambos estiverem fazendo o uso da máscara. Porém, é preciso reforçar que nenhuma medida é 100% e a população deve continuar tendo os cuidados necessário”, comentou.
O secretário lembra que a população deve optar pelo uso apenas de máscaras simples, feitas em casa, que podem ser confeccionadas com alguns materiais. As máscaras cirúrgicas e as N95, já em falta, devem ser exclusivas de profissionais de saúde, pacientes com Covid-19 e quem cuida de pacientes.