Por Adriel Mattos
O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) vai aplicar parte de R$ 788 mil em multas por descumprimento de obrigações trabalhistas e de indenizações por danos morais coletivos para doar cestas básicas a ex-catadores de materiais recicláveis. Os atuais cooperados e associados que atuam em conjunto com a CG Solurb – concessionária responsável pela gestão da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos – estão sem renda desde o início da quarentena decretada em virtude da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária aponta o alto risco de contaminação dos catadores que participam da coleta seletiva, sobretudo na atividade de triagem, pelo contato com os resíduos recicláveis, onde o vírus pode sobreviver nas superfícies por diversos dias, o que levou à paralisação do serviço.
Já em Dourados, 500 máscaras de proteção respiratória N95 foram doados para os profissionais que estão trabalhando nas 17 barreiras sanitárias montadas pelo Governo do Estado nas estradas e no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Por dia, sete mil pessoas são abordadas nesses locais.
Em Amambai, aproximadamente R$ 15 mil foram convertidos na aquisição de 50 cestas básicas para a Escola Especial Renascer de Amambai, mantida pela Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae). O recurso é de uma multa aplicada a um banco privado por não cumprimento de prazos referentes a uma decisão trabalhista.
Com a dificuldade enfrentada por algumas famílias, que estão sem atendimento devido ao isolamento social, o MPT indicou essa instituição. As cestas básicas doadas contam com produtos de higiene pessoal e serão entregues às famílias menos favorecidas, que são acompanhadas por uma assistente escolar e pela equipe multidisciplinar da Escola Especial Renascer.